• Tweetar

Crise na saúde

Assembleia define estratégias de mobilização

Dirigentes sindicais, lideranças e trabalhadores da área da saúde da capital e interior do estado reuniram-se ontem em Assembleia Extraordinária convocada pelo Sintsef-BA para discutir a crise na saúde da Bahia após a Reforma Administrativa que extinguiu as Diretorias Regionais de Saúde (Dires). Com a nova configuração da saúde, a situação dos trabalhadores oriundos do MS e Funasa cedidos ao estado e municípios segue indefinida.

As críticas ao novo modelo de gestão estadual, que não apresentou alternativas viáveis para o papel desempenhado pelas Dires no estado, apontam ainda para o risco de precarização da saúde. Exemplos como o de Vitória da Conquista, que gerenciava, já com alguma dificuldade, 17 municípios e passará a acompanhar 73 deles. As preocupações com a relotação também foram inevitáveis: “vamos ficar de porta em porta para saber se nos aceitam?”, questionou Tania Oliveira, delegada de base de Santa Maria da Vitória. Ela destacou, também, temas como o assédio moral e as divergências políticas com os gestores, que podem interferir na readaptação dos servidores.

Para garantir o vínculo dos trabalhadores com a gestão federal, o Sintsef-BA agendará para os próximos dias uma reunião com os gestores do Ministério da Saúde no estado para tratar do tema. O objetivo é cobrar dos gestores que acompanhem a condução do processo, uma vez que eles são responsáveis pela vida funcional do servidor. Outra deliberação da assembleia é levar a questão como ponto de pauta nas reuniões das mesas de negociação do SUS e na Mesa Local da Saúde.

Representantes do sindicato também participaram da reunião do Conselho Estadual de Saúde, na manhã desta quinta-feira, 29, em Salvador. O órgão tem a atribuição de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política estadual de saúde.

Protesto das centrais

Centrais sindicais de todo o país realizaram nesta quarta-feira, 28, um protesto simultâneo contra as medidas provisórias 664 e 665 anunciadas no fim do ano passado pelo governo federal que alteram as regras para benefícios previdenciários como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego. Em Salvador a CUT e demais centrais pararam o Centro da cidade nas primeiras horas da manhã. A Mobilização nacional uniu as maiores Centrais Sindicais do país que saíram em caminhada até a sede da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego para defender os direitos dos trabalhadores brasileiros e cobrar a geração de mais empregos e direitos. Na oportunidade, as Centrais assinaram um ofício que foi entregue à superintendente regional do Trabalho na Bahia, Maria Lelis Simões. No documento, endereçado também ao Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, as Centrais reivindicam a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, além do retorno da correção de 6,5% na tabela do imposto de renda. (Fonte: CUT)