Com novas ferramentas, jovens lutam para melhorar sociedade

• Tweetar

Dia Internacional da Juventude

Com novas ferramentas, jovens lutam para melhorar sociedade

Nesta segunda-feira, 12 de agosto, é celebrado o Dia Internacional da Juventude. A data foi instituída pela Assembleia Geral da ONU em 1999, como resultado da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pelos Jovens, em Lisboa e integra o calendário oficial brasileiro desde 2002.

A cada ano, a data renova as discussões sobre os problemas enfrentados pela juventude brasileira, tais como acesso a serviços públicos de qualidade, como educação, saúde e segurança. Os temas, como se sabe, foram centrais na pauta das manifestações de junho,  que trouxeram em seu bojo a questão da participação dos jovens em movimentos sociais e políticos.

Ao contrário do que muitos pensavam, a juventude brasileira não estava alienada ou inerte em um castelo de consumo inconsequente. A presença dos jovens nas ruas mostrou não apenas que as formas tradicionais de luta, como as mobilizações de rua, ainda são importantes, mas que elas agora também ocupam novos espaços de diálogo, interligadas em rede pelas novas tecnologias. O objetivo é o mesmo que sindicatos, como o Sintsef-BA, confederações, como a Condsef, ou centrais sindicais, como a CUT buscam em suas atividades: estimular o comprometimento de toda a sociedade com a causa que defendem.

Para transformar o presente e garantir um futuro melhor, os jovens se uniram pelo atendimento de suas demandas. Essa busca pelo novo pode ocasionalmente, como no passado, provocar conflitos entre gerações, dificuldades de comunicação. O desafio a ser vencido no processo é identificar as marcas de cada geração e, a partir daí, buscar os pontos convergentes, entender que as gerações estão interligadas e dependem umas das outras e então avançar. E assim, como cantou Belchior, veremos vir no vento o cheiro de uma nova estação.

Renovação

A reposição da força de trabalho e envelhecimento dos quadros funcionais é uma constante reivindicação das entidades que defendem um serviço público de qualidade e seus trabalhadores. Há órgãos que ficaram até 15 anos sem realizar um concurso. Por outro lado, o próprio Ministério do Planejamento reconhece que “os servidores que detêm a experiência e a memória da máquina pública estão atingindo o momento de se aposentar, o que pode provocar um hiato se não se buscar uma solução para reter esses servidores mais antigos.”  A situação é agravada pela evasão dos jovens recém ingressados nas carreiras do Poder Executivo que, desestimulados pelos baixos salários e falta de oportunidades de crescimento, acabam encontrando novas chances em outras carreiras. Para a Condsef, o Sintsef-BA e a CUT não há como fortalecer as instituições públicas sem a realização de concursos e investimentos atrativos para suprir as deficiências estruturais do setor.